sexta-feira, agosto 24, 2007

toxic 2

Então o verão está a ajudá-lo a desintoxicar?

Nestas férias, conseguiu ou espera conseguir, ausentar o seu pensamento das tarefas rotineiras do trabalho, do seu gasto constante de energias na gestão de conflitos, de andar a correr como um bombeiro apagando todos os fogos da empresa?

Neste Agosto dediquei-me a rabiscar como é que desenvolvemos uma toxina organizacional, no próximo mês esperam-se receitas de resolução destas toxicidades.


Quem desencadeia toxinas?
As situações tóxicas não se remetem a determinados papéis organizacionais, são transversais às diversas funções, categorias e postos de trabalho. É fácil pensar que quanto maior o poder que a pessoa tem na organização maior a potência da toxina que exerce mas não nos podemos esquecer que existem poderes formais e informais dentro das organizações.


Como se forma uma reacção tóxica?
Independentemente da origem, as consequências nos recursos humanos são sérias. Geralmente as pessoas sentem-nas como perda da sua validade, confiança e crença quer pessoal quer profissional.

Perante uma situação tóxica inicialmente a pessoa sente uma certa
confusão - ” não estou a perceber?”;
depois descrença – “isto não está a acontecer”;
depois um abalo na sua segurança – “será que eu não tenho certeza do que faço?”
seguido de um fenómeno de recusa - “nem pensar, deve estar a brincar comigo”,
culminando geralmente nalgum rancor - ”era só o que faltava” e,
tristeza - “pena isto ter acabado assim”.


Que consequências para os recursos humanos?
Situações tóxicas repetidas implicam um desinvestimento no desempenho e um abandono do sentimento de pertença para com a organização. Mais grave, pessoas que se sintam tratadas de forma injusta, podem responder de forma agressiva, e em determinados casos manifestar, intencionalmente, episódios de negligência, sabotagem e até vandalismo. Estes são os principais efeitos tóxicos num clima organizacional perverso.


– e já agora: muito boas férias!


Bibliografia de base:
Frost, P.J.(2003). Toxic – Emotions at Work: How Compassionate Managers Handle Pain and Conflict. Massachusetts: Harvard Business School Press